De Recife a Joanesburgo: 19 anos que fizeram Juliana Placido especialista na África do Sul

Quando Juliana Placido decidiu acompanhar o então namorado a um projeto de trabalho na África do Sul, a ideia era simples: passar dois anos vivendo uma experiência diferente.

Hoje, quase duas décadas depois, Juliana segue em Joanesburgo, casada e mãe de dois filhos sul-africanos-brasileiros, atuando como consultora de viagens da nossa equipe e compartilhando suas experiências no país que se tornou seu lar.

Nesta edição de Bastidores da África, ela abre um pouco da sua trajetória e das descobertas que marcaram sua vida no continente.

Entendendo a Rainbow Nation de perto

Com mais de 50 milhões de habitantes, 11 línguas oficiais, 9 províncias e três capitais, o país ganhou o apelido de Rainbow Nation não por acaso.

Zulu é o idioma mais falado; inglês, a língua da vida pública; e as ruas, mercados e escolas são o reflexo vivo dessa mistura.

“Aprendi a viver entre culturas muito diferentes. Isso virou parte da minha rotina. É impossível não ampliar o olhar vivendo aqui.”

Joanesburgo além dos estereótipos

Joanesburgo é o centro comercial e financeiro do país, frequentemente lembrado por seus desafios urbanos.

Por isso, Juliana chama atenção para um ponto crucial: a cidade exige adaptação, como qualquer grande metrópole.

A mobilidade é limitada para quem não tem carro, o sistema público é reduzido, mas as estradas são excelentes e permitem explorar o país com segurança.

Ao longo dos anos, ela descobriu uma Joanesburgo onde a vida acontece nas casas, nos parques, nos cafés e na natureza que circunda a província.

A força da natureza sul-africana

Se há um elemento que transformou sua relação com o país, foi a natureza.

“Os sul-africanos têm uma conexão profunda com o ar livre”, conta. “Passei a valorizar isso. Aqui, um safári vai além de ver animais — é escutar, observar, sentir o tempo de outro jeito.”

E as paisagens vão muito além da savana: safáris, vinícolas, montanhas, trilhas, praias e cânions compõem um mosaico de experiências que surpreende quem ainda reduz a África a um único cenário.

Juliana e seu marido no Cabo da Boa Esperança

Cape Town e o sabor dos vinhos

Cape Town é sempre apresentada como um dos pontos altos do país e Juliana confirma: a cidade combina natureza, gastronomia, vinhos premiados e uma energia leve.

E por falar em vinhos, ela aprendeu uma das lições favoritas: “Descobri que vinho bom não precisa ser caro. Com tantas técnicas bem desenvolvidas, é possível beber muito bem sem gastar muito.”

História e impacto

Morar na África do Sul também a aproximou de uma história que ressoa no mundo inteiro.

Visitar Soweto e compreender de perto o que significou o apartheid transformou seu olhar e reforçou a sua admiração por Nelson Mandela.

“Mandela fez a diferença não só para o país, mas para o mundo. Entender isso vivendo aqui é algo muito forte.”

Juliana também lembra com carinho da Copa do Mundo de 2010 — um momento de orgulho nacional que mostrou ao mundo a capacidade, a alegria e a identidade sul-africana.

19 anos depois: o que fica

Hoje, Juliana resume a sua trajetória dizendo que a África do Sul mudou a sua vida – uma vivência que leva para o trabalho como consultora ao mostrar aos viajantes um país complexo, profundo e transformador.

“A África do Sul acolhe. É diversa, charmosa e vibrante. Mesmo tão diferente da nossa cultura, ela faz a gente se sentir em casa.”

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